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Os Filhos do Céu no Vale das 1000 Montanhas

Foto do escritor: @davizulu@davizulu

Atualizado: 19 de jan. de 2021



O estonteante Vale das Mil Montanhas é um dos lugares mais famosos da província costeira de KwaZulu-Natal na África do Sul. É também o lar do maior povo do país: os Zulu. Eles compõem cerca de 23,4% dos 58 milhões de sul-africanos. O Vale fica a cerca de 39 km do centro da cidade costeira de Durban, a terceira maior do país. Guardando natureza intacta, vida selvagem, paisagens magníficas, e a aconchegante hospitalidade do campo, o Vale em si é o do Rio Mngeni que é o segundo Rio mais longo, e o segundo maior da província de KwaZulu-Natal, perfazendo o contorno do Vale e fluindo por vasto caminho até desaguar no Oceano Índico.


Embora uma parte das comunidades Zulu vivam atualmente uma vida moderna e tenham sido consideravelmente cristianizadas pelos missionários cristãos, há ainda muito do modo tradicional de vida que permanece imune à colonização. A vivência da relação direta e onipresente com os ancestrais (Amadlozi) de um modo que perpassa as atividades mais comuns da vida diária sendo tratados como parte viva e presente da comunidade expressa o vigor dessa cultura para a qual a saúde é resultado de uma rica interação entre a natureza (de que somos parte), o ser supremo e os ancestrais.


Os Zulu, termo plural cujo significado literal é “filhos do céu”, são o maior povo no sul da África. Descendentes dos povos Nguni do sudeste da África, que tomaram parte das migrações Bantu por séculos, os Zulu se unificaram já nos séculos XIV e XV, quando migraram para o sul e se instalaram na moderna região das montanhas Drakensberg na África do Sul. Durante o início do século XIX, sob a liderança do Rei Shaka Zulu, se estabeleceram como um povo poderoso. E ainda mantém essa herança de glória muito próxima ao coração em suas vidas cotidianas. Um aspecto fundamental e marcante de sua cultura é a reverência pelos idosos, jovens e todos os seres: Ukuhlonipha, que é a percepção de que todos os seres incluindo aí rios, vegetais, animais e minerais têm o direito de existir e serem honrados em sua dignidade porque a vida e a consciência não são privilégios dos humanos, mas são compartilhadas por tudo que existe.


Há onze línguas oficiais na África do Sul; excetuando o inglês e o afrikaans, o restante são todas línguas africanas: Zulu, Xhosa, Ndebele, Swazi são todas oficiais, sendo o Zulu a principal. Um fato curioso da língua Zulu é que não há nenhuma expressão para falar das fases do dia como bom dia, boa tarde, etc. Apenas cumprimentam dizendo Sawubona. Cuja resposta é Yebo, que também significa “sim”, e indica que a pessoa reconhece a saudação. Outro sentido de Sawubona é “vejo você em sua totalidade”, um cumprimento que não há noutras línguas. E para “obrigado” dizem Ngiyabonga, se a pessoa está sozinha; se está com outros, se diz Siyabonga. A língua Zulu também usa de inúmeros “cliques” muito difíceis para um ocidental pronunciar corretamente. Umqombothi, a cerveja Zulu; Iqhugwane, a cabana, a casa Zulu são duas palavras onde o “q” é um clique.


Apesar de não possuir poder de chefe de Estado frente à África do Sul e demais países, Goodwill Zwelithini, de 71 anos, é o atual rei dos Zulu desde 1968. Figura que sintetiza a força e sabedoria de um povo magnífico ao qual devemos o conhecimento sobre as Ordens do Amor e sobre a Constelação Sistêmica como um todo.



@davizulu





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